A Política Estadual de Controle de Hanseníase - PECH está inserida na Seção de
Doenças de Condições Crônicas Transmissíveis, no Departamento de Atenção Primária e
Políticas de Saúde - DAPPS.

 
A doença é infecciosa, transmitida pelas vias aéreas superiores através de gotículas
que expelem o Mycobacterium leprae, bacilo responsável pela hanseníase.  

 
O Rio Grande do Sul foi o 1º Estado brasileiro a atingir a Meta da Eliminação da
Hanseníase como Problema de Saúde Pública em 1995 (menos de 1 doente para cada
10.000 habitantes), com uma prevalência de 0,86 /10.000 habitantes. Desde então, a
tendência no estado foi a acomodação e o pensamento errôneo de que a hanseníase foi
erradicada.

Daí a importância de manter rotinas de vigilância como o exame dos contatos das
pessoas que foram atingidas pela hanseníase , pois examinar estas pessoas que conviveram
com o doente sem tratamento , de modo intensivo por 5 anos ou mais é que vai quebrar a
cadeia de contágio e proporcionar o diagnóstico precoce, evitando as sequelas que o
diagnóstico tardio provoca. Nesse quesito, o RS detém o mais alto índice de grau II de
incapacidade instalado do Brasil - quando o paciente está mais comprometido - 18% em
2023, evidenciando ainda mais a importância da meta da hanseníase no Plano Estadual de
Saúde , que é aumentar o percentual de contatos examinados.

 
A partir das primeiras doses da medicação, a doença já não é mais transmitida, mas o
paciente precisa continuar o tratamento para não sofrer com as sequelas da doença ( afeta
os nervos, comprometendo a movimentação correta das mãos e pés, além do rosto,
gerando vários problemas derivados). A Hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito nas
unidades de saúde, centros e ambulatórios que atendem hanseníase.

Quais as medidas de prevenção do Estado para a transmissão da hanseníase?
A SES/RS está procurando ajustar o RS ao novo protocolo da hanseníase, com
capacitações planejadas para abranger a Atenção Básica, preparando a rede para atender os
pacientes de forma integral, diagnosticando e referenciando à Atenção Especializada
quando preciso; também percebe como necessário estabelecer fluxos regionalizados
usando a rede especializada existente, treinando as equipes no manejo da hanseníase
evitando assim que os pacientes sejam predominantemente encaminhados ao Ambulatório
de Dermatologia Sanitária (ADS) que vem sendo a referência Estadual para atendimento de
hanseníase há muitos anos.

● Capacitações dos profissionais da saúde e reorganização dos fluxos de atendimentos
dos pacientes, baseados no diagnóstico da hanseníase na atenção básica conforme o
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hanseníase - PCDT de 2022.
● Em 2025 há uma programação de capacitações em Diagnóstico e Tratamento para
profissionais de nível superior; vivências práticas na referência estadual para
hanseníase, Ambulatório de Dermatologia Sanitária - ADS ; Suspeição em Hanseníase
para Agentes Comunitários de Saúde, SINAN para profissionais que fazem o registro
manual da ficha de notificação quanto para quem avalia as incompletudes com vistas
a qualificação do banco de dados; baciloscopia -coleta e leitura ; prevenção em
incapacidades.
● Incentivo na busca ativa através da avaliação dos contatos domiciliares e sociais dos
pacientes dos últimos 5 anos para quebrar a cadeia de contágio, fazendo diagnóstico
precoce.
● Em 2023 foi feita a Implementação dos testes rápidos para os contatos dos
pacientes. Esse teste não dá o diagnóstico, mas nos informa se a pessoa teve
contato com a doença, apresentando maior risco de desenvolvê-la e como deve ser
feita a vigilância deste momento em diante.

 
Serviços oferecidos pelo Estado aos portadores da doença:
- Diagnóstico, tratamento e reabilitação gratuitos, fornecidos pelo SUS;
-Encaminhamento para órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, caso
necessários.
- Reabilitação cirúrgica, tendo como referência o Hospital Cristo Redentor.
- Reabilitação física, inserida na rede de saúde.

Hanseníase de Janeiro a Janeiro - A informação é a melhor prevenção!